quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Fundação Perseu Abramo - Um projeto político e cultural

Fundação Perseu Abramo - Um projeto político e cultural

A Fundação Perseu Abramo (FPA) foi criada em 1996 pelo Partido dos Trabalhadores para desenvolver projetos de caráter político-cultural. Recebeu o nome de Perseu Abramo para homenagear o jornalista e professor universitário que participou da fundação do PT e sempre trabalhou para a construção do modo petista de refletir e formular.

A FPA é um espaço para o desenvolvimento de atividades de reflexão político-ideológica, estudos e pesquisas, destacando a pluralidade de opiniões, sem dogmatismos e com autonomia. Busca articular o diálogo do pensamento progressista com a tradição do socialismo democrático e com a cultura popular, contribuindo para a constituição de uma nova cultura política brasileira.


Clic aqui para conhecer o site da Fundação: http://www2.fpa.org.br/portal/


Sobre Perseu Abramo

Perseu Abramo nasceu em São Paulo (SP), em 17 de julho de 1929. Fez os estudos secundários no Ginásio do Estado da Capital e no Colégio Estadual Presidente Roosevelt. Em 1959 formou-se no curso de ciências sociais da então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, como bacharel e licenciado em sociologia. Em 1968 obteve o grau de mestre em ciências humanas na Universidade Federal da Bahia. Cedo iniciou suas atividades no jornalismo.

De 1962 a 1970 dedicou-se, principalmente, a atividades de magistério superior, mas, como free lance, colaborou com diversas publicações da Editora Abril, principalmente na série de fascículos "Os Grandes Personagens da Nossa História".

Em 1970 ingressou na Folha de S. Paulo, onde também exerceu várias funções: coordenador de serviços redacionais, editor de Esportes, editor da Folha Ilustrada e, principalmente, desde 1972, editor de Educação, seção que montou e dirigiu durante sete anos, e que teve grande êxito na imprensa da época. Em 1979 foi demitido da Folha, em função da greve dos jornalistas, de que participara ativamente.

Trabalhou no semanário político Movimento, de 1980 até seu fechamento, em 1981.

De 1981 a 1983 editou o Jornal dos Trabalhadores, órgão do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, e também foi responsável pela segunda fase do Boletim Nacional e outras publicações avulsas do PT.

De 1965 a 1970 lecionou na Universidade Federal da Bahia, onde ministrou cursos de sociologia geral e aplicada na Escola de Administração e na Faculdade de Filosofia e em cursos de pós-graduação.

Em 1970 também lecionou na Escola de Sociologia e Política, em São Paulo.

Sem nunca se afastar da militância de base, foi sistematicamente eleito como delegado para representação dos núcleos e diretórios do PT nos encontros municipais, estaduais e nacionais, participou de todos os encontros nacionais do partido, só deixando de comparecer ao X Encontro (1995), em Guarapari, por motivo de doença. Nesses encontros, participava politicamente nos debates e através da elaboração de documentos básicos, teses e diretrizes, mas também da parte de organização, secretaria e presidência de mesas, feitura de atas e redação preliminar de resoluções.

A mesma combinação de trabalho político e organizativo caracterizou sua participação nos postos de direção que ocupou no Diretório e na Executiva Nacional do PT ao longo dos seus 16 anos de militância, como segundo secretário da Comissão Executiva Nacional, secretário nacional de imprensa e propaganda e, finalmente, secretário de formação política.

Perseu Abramo morreu em 6 de março de 1996, aos 66 anos.