
Na semana passada os senadores criaram mais uma CPI desta vez contra a Petrobrás, a justificativa agora é investigar uma fraude contábil, alem de patrocínio a ONGs e eventos.
Quem conhece os bastidores do Congresso Nacional sabe muito bem que este não é o objetivo real desta nova CPI, a tática é a mesma das outras, consiste em aproveitar uma denuncia previamente plantada na imprensa e fazer disso uma arma, cria-se assim as condições necessárias para as chantagens, negociatas e jogos de cena.
Normalmente funciona assim: A revista Veja ou outra qualquer faz uma “denuncia”, os senadores repercutem em Brasília em discursos inflamados, os jornais aprofundam o assunto, normalmente atirando para todos os lados, misturando alhos e bugalhos, logo, aparecem às vestais da moralidade, gente como o jornalista Alexandre Garcia (ex-porta voz da ditadura militar) da Rede Globo, por exemplo, diz falar em nome da sociedade e “exige” investigações “rigorosas”.
No inicio parece dar certo, parte da sociedade se mostra indignada com os “escândalos” e a mídia apresenta novas denuncias que vão alimentando a fogueira montada em Brasília, para o grande público tudo parece real, tem-se a impressão que nossos senadores estão cumprindo seu papel e trabalhando em uma das funções para a qual foram eleitos, investigar o governo.
O que pobres mortais, cidadãos honestos e trabalhadores não sabem é que o ultimo interesse destes senhores são de fato apurar erros, falcatruas ou desmandos, nada disso é levado a sério, até por que em casa de enforcado não se fala em corda, como no velho samba de João Nogueira: “se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão...”
Vamos aos fatos reais no que se refere ao chamado objeto de investigação da nova CPI: O primeiro fato tem a ver com uma manobra fiscal que a Petrobrás fez para diminuir o valor pago em impostos no final do ano passado, já foi provado que é completamente legal, amparada por lei complementar e por medida provisória ainda do tempo de FHC, mais de cinco mil empresas no Brasil usaram deste mecanismo no ano passado para diminuir perdas com a crise internacional. Já, as outras denúncias envolvem patrocínio da estatal a ONGs, eventos e atletas, contratos corriqueiramente investigados pelo Tribunal de Contas da União e pela controladoria geral. É provável que existam alguns erros, possíveis desvios ou até mau uso do dinheiro público, nada, porém que não seja fruto de investigações geridas pelos órgãos competentes para isso, como sempre foi.
Os recursos investidos pela empresa nas ações de patrocínio representam menos de um por cento dos recursos totais da Petrobras e contribuem muito para viabilização de projetos sociais, ambientais, esportivos e culturais. É comum ver a marca da empresa em material produzido por entidades de todo Brasil, é uma política de patrocínio extremamente bem conduzida e completamente transparente, basta entrar no site da empresa e escrever seu projeto nos diversos editais que anualmente são abertos, a prestação de contas é rigorosa e quem não cumpre o contratado é penalizado com suspensão de verbas e investigações do Ministério Publico.
O que querem então os nossos senadores? Qual o verdadeiro motivo desta nova CPI? Primeiro querem desviar as atenções das denúncias que estavam desmoralizando ainda mais aquela casa, passagens para parentes, amigos e amantes, por exemplo, mas isso é pouco e o sistema é bruto. O que existe na verdade por traz desta CPI é uma aliança perversa entre parte da mídia nacional (Globo, Folha, Veja etc...), grandes empresas multinacionais e os senadores da oposição (PSDB e DEM) em mais uma tentativa de privatizar a Petrobrás.
Á descoberta dos mega-possos de petróleo na chamada camada pré-sal, colocou a Petrobrás em uma vitrine mundial, a tornou a quarta empresa mais importante do planeta e assanhou novamente a cobiça das grandes multinacionais por nossas riquezas.
A estratégia destas verdadeiras aves de rapina é desmoralizar a Petrobrás para criar um clima propicio a privatização, o jogo será pesado e vai se estender até as próximas eleições. A lógica é simples, nas contas da oposição José Serra será o próximo presidente da republica, vender a Petrobrás e o Banco do Brasil é completar o serviço da privatização que FHC não concluiu.
Este dilema, privatização ou estatização, que influenciou de forma decisiva a ultima eleição presidencial será novamente o tema principal da próxima. Serão duas teses em debate, à direita com os velhos conceitos de neoliberalismo, estado mínimo, desregulamentação jurídica e privatização das empresas publicas versos as teses do governo Lula, que preconiza um estado forte, investimento publico pesado em infra-estrutura, política social de resultados e regras claras para quem quer investir como no caso das parcerias público-privada (PPP).
Neste caso não resta outro caminho ao nosso povo, se não reeditar a vitoriosa campanha do petróleo é nosso! Que no passado mobilizou milhões de brasileiros nas ruas impedido assim a entrega de nosso petróleo as multinacionais americanas, a luta agora é a mesma talvez o que muda é o slogan, vamos as ruas gritar bem alto para que os irresponsáveis destes senadores nos ouçam: O Pré-sal é nosso!
Gerson Marques
Quem conhece os bastidores do Congresso Nacional sabe muito bem que este não é o objetivo real desta nova CPI, a tática é a mesma das outras, consiste em aproveitar uma denuncia previamente plantada na imprensa e fazer disso uma arma, cria-se assim as condições necessárias para as chantagens, negociatas e jogos de cena.
Normalmente funciona assim: A revista Veja ou outra qualquer faz uma “denuncia”, os senadores repercutem em Brasília em discursos inflamados, os jornais aprofundam o assunto, normalmente atirando para todos os lados, misturando alhos e bugalhos, logo, aparecem às vestais da moralidade, gente como o jornalista Alexandre Garcia (ex-porta voz da ditadura militar) da Rede Globo, por exemplo, diz falar em nome da sociedade e “exige” investigações “rigorosas”.
No inicio parece dar certo, parte da sociedade se mostra indignada com os “escândalos” e a mídia apresenta novas denuncias que vão alimentando a fogueira montada em Brasília, para o grande público tudo parece real, tem-se a impressão que nossos senadores estão cumprindo seu papel e trabalhando em uma das funções para a qual foram eleitos, investigar o governo.
O que pobres mortais, cidadãos honestos e trabalhadores não sabem é que o ultimo interesse destes senhores são de fato apurar erros, falcatruas ou desmandos, nada disso é levado a sério, até por que em casa de enforcado não se fala em corda, como no velho samba de João Nogueira: “se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão...”
Vamos aos fatos reais no que se refere ao chamado objeto de investigação da nova CPI: O primeiro fato tem a ver com uma manobra fiscal que a Petrobrás fez para diminuir o valor pago em impostos no final do ano passado, já foi provado que é completamente legal, amparada por lei complementar e por medida provisória ainda do tempo de FHC, mais de cinco mil empresas no Brasil usaram deste mecanismo no ano passado para diminuir perdas com a crise internacional. Já, as outras denúncias envolvem patrocínio da estatal a ONGs, eventos e atletas, contratos corriqueiramente investigados pelo Tribunal de Contas da União e pela controladoria geral. É provável que existam alguns erros, possíveis desvios ou até mau uso do dinheiro público, nada, porém que não seja fruto de investigações geridas pelos órgãos competentes para isso, como sempre foi.
Os recursos investidos pela empresa nas ações de patrocínio representam menos de um por cento dos recursos totais da Petrobras e contribuem muito para viabilização de projetos sociais, ambientais, esportivos e culturais. É comum ver a marca da empresa em material produzido por entidades de todo Brasil, é uma política de patrocínio extremamente bem conduzida e completamente transparente, basta entrar no site da empresa e escrever seu projeto nos diversos editais que anualmente são abertos, a prestação de contas é rigorosa e quem não cumpre o contratado é penalizado com suspensão de verbas e investigações do Ministério Publico.
O que querem então os nossos senadores? Qual o verdadeiro motivo desta nova CPI? Primeiro querem desviar as atenções das denúncias que estavam desmoralizando ainda mais aquela casa, passagens para parentes, amigos e amantes, por exemplo, mas isso é pouco e o sistema é bruto. O que existe na verdade por traz desta CPI é uma aliança perversa entre parte da mídia nacional (Globo, Folha, Veja etc...), grandes empresas multinacionais e os senadores da oposição (PSDB e DEM) em mais uma tentativa de privatizar a Petrobrás.
Á descoberta dos mega-possos de petróleo na chamada camada pré-sal, colocou a Petrobrás em uma vitrine mundial, a tornou a quarta empresa mais importante do planeta e assanhou novamente a cobiça das grandes multinacionais por nossas riquezas.
A estratégia destas verdadeiras aves de rapina é desmoralizar a Petrobrás para criar um clima propicio a privatização, o jogo será pesado e vai se estender até as próximas eleições. A lógica é simples, nas contas da oposição José Serra será o próximo presidente da republica, vender a Petrobrás e o Banco do Brasil é completar o serviço da privatização que FHC não concluiu.
Este dilema, privatização ou estatização, que influenciou de forma decisiva a ultima eleição presidencial será novamente o tema principal da próxima. Serão duas teses em debate, à direita com os velhos conceitos de neoliberalismo, estado mínimo, desregulamentação jurídica e privatização das empresas publicas versos as teses do governo Lula, que preconiza um estado forte, investimento publico pesado em infra-estrutura, política social de resultados e regras claras para quem quer investir como no caso das parcerias público-privada (PPP).
Neste caso não resta outro caminho ao nosso povo, se não reeditar a vitoriosa campanha do petróleo é nosso! Que no passado mobilizou milhões de brasileiros nas ruas impedido assim a entrega de nosso petróleo as multinacionais americanas, a luta agora é a mesma talvez o que muda é o slogan, vamos as ruas gritar bem alto para que os irresponsáveis destes senadores nos ouçam: O Pré-sal é nosso!
Gerson Marques